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As férias começaram cedo, numa daquelas manhãs em que despertamos de madrugada com vontade de saltar da cama e levantar voo. No aeroporto distribuímos abraços e beijinhos de saudades e partimos expectantes para perceber como as crias suportariam tantas horas de avião.
Assim que passámos a porta de embarque e entrámos no bus que nos conduziria até ao avião, o Francisco exclamou:
- Então afinal não íamos de avião para Cuba? Vamos de autocarro é? - A gargalhada foi geral.
Uma vez fechadas as portas do avião, não há hipótese de mais fugas, e com mais birra menos birra, colos, lanchinhos, jogos, mil andanças para a frente e para trás no corredor do avião, chegámos. O Comandante avisa-nos que do lado de fora estão 29 graus e de imediato despimos camisolas para nos atirarmos ao calor.
O Francisco delirou com os tapetes rolantes em busca das nossas malas e por fim respirámos o ar quente de Havana. Apesar da noite cerrada, os faróis dos carros antigos animaram-nos e nas mil voltas para despacharmos toda a gente pelos hotéis aproveitámos para conhecer toda a cidade.
Na manhã seguinte o Francisco acordou feliz e animado e o Manel também partilhava dessa boa disposição.
Tivemos o privilégio de conhecer a cidade com um guia privado, o Eduardo. Um cubano com cerca de 55 anos, polido, educadíssimo, culto e um conversador nato. Mostrou-nos todos os cantos da cidade com enorme paixão, falando-nos não só da História, como também das histórias, dos costumes, alguns segredos e algumas opiniões proibidas. No final do dia sentimos que nos despedíamos de um novo amigo com confiança bastante para carregar o Francisco no colo.
Bastou um dia para mudarmos o chip e nos sentirmos longe, muito longe de tudo e muito perto de nos encontrarmos só os 4.
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