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Ontem escrevi um post sobre a minha relação com a comida. A comida de facto conforta-me.
Mas também há palavras que confortam (com a vantagem de não nos engordarem tanto).
O Manel tem andando doente. Depois da estomatite aftosa o rapaz mal se recompôs e apanhou entretanto uma virose. Mais uns dias em casa sem ir a escola... o gazeteiro!
Quando de manhã deixo o Francisco na escola, as educadoras do Manel têm perguntado por ele. Perguntam-me se o rapaz está melhor, interessam-se e comentam que têm saudades e se é já amanhã que o Manel regressa a escola.
Saio da escola com o coração cheio e a certeza que o Manel está em boas mãos. Pode dar mais trabalho que qualquer outro da sua sala, mas é querido por todos. Querem-no de volta! Parece tudo simples, mas para uma Mãe de menino especial, esta simples pergunta foi valiosa e alegrou-me o dia.
Muitas vezes perguntam-me se está tudo bem e respondo com o mesmo automatismo da questão que me foi dirigida.
Mas, por vezes, essa pergunta tão simples pode fazer diferença no nosso dia, quando sentimos que alguem do outro lado se preocupa e quer mesmo saber.
Assim como quando alguém nos envia uma mensagem e deseja boa sorte para algo que queremos muito e nos faz sonhar. Essa mensagem é como se alguém nos desse a mão com força em segredo.
Quando alguém morre nunca sei o que dizer. Parece que não encontramos palavras verdadeiras e sentidas para aliviar o outro. Prefiro muitas vezes dizer apenas que estou ali para o que for preciso e sempre que for preciso. Se só disser "Os meus sentimentos" parece não fazer sentido... que sentimentos?
Acredito pois que as palavras simples são as que mais confortam e encorajam.
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