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Ontem o Francisco foi dormir com a promessa que hoje seria o dia de montarmos e enfeitarmos a nossa árvore de Natal… Assim que acordou levantou-se e ainda de olhos mal abertos perguntou-me ensonado:
- Mamã é hoje que fazemos a árvore de Natal não é? – sublinhando este não é como quem suplica a confirmação da alegria.
Os 4 anos são uma idade mesmo engraçada e o rapaz já quer ajudar em tudo, achando-se mais indispensável do que um MacGyver! Não perdeu pitada da experiência e foi logo encasacado até às catacumbas da arrecadação ajudar a trazer as caixas.
Chegou vitorioso, como quem sabe montar árvores sem ter de verificar sequer a ordem de ramos… por ele espetavam-se 3 e despachávamos logo a estrela no topo. O Francisco passou o tempo todo a pedir colo para colocar a estrela no cimo, mesmo quando ainda só tínhamos duas filas de ramos em baixo.
O Manel nem refilava (muito), apesar de preso na cadeira, ficava atento ao rebuliço e às músicas de Natal.
Os olhos de Francisco duplicaram assim que testámos se as luzes funcionavam, seguindo-se uma admiração e curiosidade ainda maior assim que tirávamos bolas, estrelas e bonecos das caixas. Enquanto penduro qualquer coisa na árvore sou obrigada a não tirar os olhos do Francisco que no mesmo ramo coloca uma bola grande (a Mãe) com uma minúscula por cima (o filho).
No final ficamos todos admirados e orgulhosos, sentindo a sala mais confortável… Apesar das 11.30 da manhã (uma empreitada destas é grande, mas torna-se num despacho para quem acorda pelas 8.00), já nos apetecia antever a noite e as luzes mais resplandecentes como fundo dos nossos serões.
Sou uma pirosa que adora luzes e espreitar as janelas dos vizinhos e as respectivas decorações. É incrível como o vizinho sério afinal monta umas luzes psicadélicas na varanda… e ver o bom gosto da vizinha que colocou uma árvore no exterior tão bem iluminada. Até no facebook podemos espreitar os pinheiros dos amigos e eu hoje fui brindada com uma árvore especial (da minha mana) montada em Angola, com 30 graus, mas uma meia polar fofuxa ali pendurada em baixo… e nós aqui cheios de frio mas também aquecidos pelo mesmo espírito.
No final do dia, comovo-me ao olhar o interesse do Manel pelas decorações e luzes e rever-me na excitação do Francisco com a abertura oficial do seu calendário de Dezembro em chocolate.
Com tantas saudades recordo o ritual da abertura de portas (sempre sem batota nos dias) mas com imensa discussão pela disputa de um chocolate em proporção de 1 para 3. Ter duas irmãs e um calendário apenas obrigava-nos a dar ainda mais atenção a quem tinha a sorte de abrir a porta ou comer o chocolate. Que saudades doces agora revividas com o guloso do Francisco que está ansioso por devorar este mês de Dezembro!
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